Os ataques de pânico são episódios intensos de sintomas como medo ou desconforto que surgem de maneira abrupta e alcançam seu pico em poucos minutos. Essas ocorrências podem ser extremamente alarmantes, não apenas pelo desconforto físico, mas também pelo impacto psicológico significativo.
Por isso, reconhecer os sintomas do ataque de pânico é crucial para buscar tratamento adequado e aprender a gerenciar essa condição desafiadora. Continue a leitura e tire suas dúvidas.
O que é um ataque de pânico?
Um ataque de pânico é um surto de medo intenso que pode ocorrer de repente, muitas vezes sem aviso prévio ou causa aparente. Durante a situação, a pessoa pode sentir que está perdendo o controle, tendo um ataque cardíaco ou mesmo morrendo.
A duração desses ataques pode variar, mas geralmente eles duram alguns minutos, sendo que o pico de intensidade acontece nos primeiros 10 minutos.
Sintomas comuns de um ataque de pânico
Os sintomas do ataque de pânico podem variar de pessoa para pessoa, mas geralmente incluem uma combinação de sinais físicos e emocionais:
- Palpitações cardíacas ou ritmo cardíaco acelerado;
- Sudorese;
- Tremores ou abalos;
- Sensações de falta de ar ou asfixia;
- Sensação de engasgo;
- Dor ou desconforto no peito;
- Náusea ou desconforto abdominal;
- Sensação de tontura, instabilidade, vertigem ou desmaio;
- Calafrios ou ondas de calor;
- Parestesia (sensações de dormência ou formigamento);
- Desrealização (sensação de irrealidade) ou despersonalização (estar distanciado de si);
- Medo de perder o controle ou “enlouquecer”;
- Medo de morrer.
Cada um desses sintomas pode ser intensamente assustador e pode levar a uma espiral de ansiedade adicional, onde o medo de ter ataques futuros acaba por ser um gatilho para novos episódios.
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Causas dos ataques de pânico
Embora a causa exata dos ataques de pânico ainda seja objeto de pesquisa, alguns fatores são frequentemente associados ao desenvolvimento desta condição:
- Genética: histórico familiar de ataques de pânico pode aumentar a predisposição;
- Estresse significativo: eventos de vida estressantes, como a morte de um ente querido, divórcio, ou grandes mudanças na vida, por exemplo, podem desencadear ataques de pânico;
- Mudanças na função cerebral: alterações em certas áreas do cérebro responsáveis pela regulação do medo e da ansiedade;
- Fatores ambientais: exposição prolongada a situações estressantes ou ambientes tóxicos.
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5 dicas do que fazer durante um ataque de pânico
Saber o que fazer durante um ataque de pânico pode ajudar a reduzir a intensidade, bem como a duração dos sintomas do episódio:
1. Respiração controlada
Primeiramente, sente-se confortavelmente ou deite-se, feche os olhos e coloque uma mão sobre o peito e a outra sobre o abdômen.
Em seguida, respire profundamente pelo nariz, assegurando que o diafragma (não o peito) se expanda e conte até quatro.
Por fim, segure a respiração por um segundo e, em seguida, expire lentamente pela boca, contando até quatro. Repita esse ciclo várias vezes.
Este método ajuda a reduzir a taxa de respiração e a frequência cardíaca, diminuindo assim, os principais sintomas físicos do ataque de pânico, como palpitações e tremores.
2. Reconhecimento do momento
Diga a si mesmo que isso é apenas um ataque de pânico e que vai passar. Pode ajudar falar consigo mesmo em voz alta ou mentalmente com frases como “Isso é temporário” e “Eu posso lidar com essa situação”, por exemplo.
Esse reconhecimento ajuda a criar uma sensação de controle sobre a situação, reduzindo o medo e a ansiedade que podem intensificar o ataque.
3. Foco em objetos reais
Escolha um objeto ao seu redor e concentre toda a sua atenção nele. Por exemplos, observe as cores, a textura e outras características físicas, descrevendo o objeto em detalhes para si mesmo.
Esse foco ajuda a ancorar sua mente no presente, bem como pode reduzir os sintomas de despersonalização ou desrealização que muitas vezes acompanham um ataque de pânico.
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4. Não fugir da situação
Se possível, permaneça no local onde o ataque começou e continue realizando atividades que estava fazendo, mas apenas se for seguro.
Afinal, evitar a fuga pode ajudar a quebrar o ciclo de medo associado a lugares ou situações específicas, e com o tempo pode diminuir a ansiedade sobre a possibilidade de futuros ataques de pânico.
5. Técnicas de relaxamento
Aprenda e pratique técnicas como relaxamento progressivo dos músculos, por exemplo, em que você tensiona e relaxa diferentes grupos musculares, começando pelos pés e subindo até a cabeça.
Outra técnica eficaz pode ser a visualização guiada, por meio da qual você imagina um lugar tranquilo e se concentra nos detalhes sensoriais desse lugar.
Tais técnicas ajudam a reduzir a tensão física e mental, facilitando assim um estado mais calmo e ajudando a controlar o estresse e a ansiedade.
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Em suma, entender os sintomas do ataque de pânico é o primeiro passo para aprender a lidar com a condição. Se você ou alguém que você conhece sofre de ataques de pânico, é importante buscar ajuda profissional.
Terapeutas e médicos podem oferecer tratamentos eficazes, como terapia cognitivo-comportamental (TCC) ou medicação, por exemplo, que podem melhorar significativamente a qualidade de vida.
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Referências
https://zenklub.com.br/blog/para-voce/sindrome-do-panico
https://www.nimh.nih.gov/health/publications/panic-disorder-when-fear-overwhelms
https://www.nhs.uk/mental-health/conditions/panic-disorder
https://www.unicef.org/parenting/mental-health/what-are-panic-attacks